sábado, 14 de março de 2015

Filosofia para Crianças e Storytelling - Workshop em Faro

Decorrido mais um workshop, desta vez associando o Storytelling, como meio de cativar afectivamente uma comunidade de investigação, a Filosofia para Crianças pôs esta manhã uns quantos adultos a pensar.


A contadora convidada, Dina Adão, agraciou-nos com duas histórias (O Homem à Procura da Sorte, de Patrícia Freire e O Pacote de Bolachas, de Luís Carmelo) que nos fizeram pensar sobre onde estará o sentido da vida (se é que existe!), a felicidade, a partilha e a tranquilidade, bem como sobre quais as melhores formas de agir quando não se percebe nada do que se está a passar
Bem, o grupo acabou por colocar em cima da mesa que a melhor forma de agir, talvez mais vezes que o desejável, não é coincidente com a mais frequente. Porque será que sorrimos, fingimos que não se passa nada ou mesmo ficamos ofendidos em vez de perguntar??


 Algumas competências foram sendo actualizadas ao longo dos exercícios propostos, as mesmas que um facilitador de Filosofia para Crianças deve estimular: produção de perguntas; análise de perguntas; melhoria das mesmas (simplificação, eliminação de pressupostos dentro da pergunta ou de orientações de resposta que a própria formulação pode conter); fundamentação de respostas; contra-argumentação; distinções...

Os conceitos utilizados na meta-discussão acerca desta manhã de trabalho surgiram em forma de imagem e explicaram-se em palavra:
 


Calma - Energia - Crescimento - Janelas - Provocação - Parar - Mergulho -
 Abertura de Espírito




Todos os participantes consideraram que este workshop alterará algo no seu dia-a-dia (profissional e/ou pessoal), ou pelo menos reforçará uma prática já sua - questionamento; reflexão acerca da própria prática pedagógica;
escutar os outros e ter espírito aberto;
renovar a abordagem de questões essenciais com os alunos;
inspiração para algumas actividades para implementar em Filosofia para Crianças;
pensar a forma como questionamos.

Do mesmo modo houve unanimidade em considerar desejável, quer a Filosofia para Crianças quer o Storytelling, de uma forma regular na educação. Isto porque:
permite explorar vários aspectos de uma questão;
é uma forma muito eficaz de as crianças desde pequeninas interiorizarem o respeito por si e pelos outros;
é de extrema importância que as crianças se questionem para ultrapassarem os obstáculos que vão surgindo nas suas vidas;
ajuda-nos a melhorar a nossa acção enquanto educadores; permite o auto-conhecimento; precisamos de saber escutar;
é importantíssimo trabalharmos com as crianças no sentido de lhes permitir interpretar as histórias e saber retirar delas as questões mais pertinentes e crescer com elas.

No final da sessão de trabalho uma das participantes  salientou o quão positiva seria a participação de pessoas de outras áreas profissionais, que não a Educação, neste tipo de eventos - não necessariamente de Filosofia para Crianças mas de Filosofia Prática. Nós por cá, concordamos inteiramente!! Fica o convite para o próximo workshop onde se pára para pensar!

Até breve e obrigada a todos pela participação!

P.S.: Foi óptimo rever algumas caras e igualmente bom conhecer caras novas!